Menina Malvada!
Quando eu tinha meus três á seis anos de idade estudei em uma escolinha de japonês que tinha perto de casa. Eu até que gostava de ir ao Gakô estudar, depois das aulas ia na casa de um amiguinho que eu o considerava meu namoradinho, brincar de triciclo. Sempre meus relacionamentos foram melhores com meu sexo oposto.
Chegada a época de competições eu sempre chegava em ultimo. Mas eu adorava porque sempre ganhava caderno, lápis, borracha, caneta. O famoso Indokai.
Chegada a época de competições eu sempre chegava em ultimo. Mas eu adorava porque sempre ganhava caderno, lápis, borracha, caneta. O famoso Indokai.
Na primavera era época de ensaiar a dança das flores. As meninas vestiam kimonos. Meu sonho sempre foi vestir kimono e dançar a dança da primavera. Minha professora era tão ordinária que nunca me deixou dançar. Dizia sempre que não tinha mais kimonos, que havia uma quantidade certa de meninas para dançar. E eu olhava e parecia estranho, me sentia um "já que sobra". Fui entender quando eu tinha oito anos de idade, que na verdade meus pais não eram providos de dinheiro. Era a mais pobre da turma.
Lembro também que outro meu maior desejo era sair do rom (livro) dois e passar para o rom(livro) três, quatro, cinco. Assim como todos os outros colegas da escolinha. Observava, minha professora só me dando a mesma lição do rom(livro)dois por meses e para minha irmã desenhos do patinho feio. Lembro até hoje :
Lembro também que outro meu maior desejo era sair do rom (livro) dois e passar para o rom(livro) três, quatro, cinco. Assim como todos os outros colegas da escolinha. Observava, minha professora só me dando a mesma lição do rom(livro)dois por meses e para minha irmã desenhos do patinho feio. Lembro até hoje :
" TI, TI , TI
KOTORINÔ KOÊ
KOTORI, KOTORI ORITÊ KOOI."
A professora de japonês era tão mercenária que classificava seus alunos conforme o tamanho dos cofres que nossos pais tinham.
Depois com nove anos de idade minha mãe decidiu me colocar de volta á mesma professora e á mesma escola. Não consegui ficar lá por um mês. Nada tinha mudado. Estava cada vez mais megera e ordinária.
Talvez isto explica a minha aversão á cultura e língua japonesa.
E, quem sabe, também contribuiu uma boa parte para ser a pessoa que sou hoje.
